Quebrando a tradição de atualizar o visual do blog, escrever 3 textos e esquecer da existência dele por um ano para depois voltar a repetir o ciclo, venho por meio deste contar um causo que ocorreu esta semana e poderia ter terminado com meu óbito (ok, sem exageros) uma mesa e um sofá chamuscados.
Tudo começou com uma quinta-feira normal…
Quinta-feira de sol, acordo, faço os afazeres matinais, abro todas as janelas do apartamento pra deixar tudo bem claro e ventilado, tomo meu café, vou pro PC começar a trabalhar, vida de home-office. Trabalho vai, trabalho vem, a manhã vai chegando ao fim e já começo a pensar em preparar o almoço.
Nesse momento eu tiro a atenção da tela do PC e olho pela janela admirando os contornos do bairro (pra quem não sabe a vista é mais ou menos essa) e por algum motivo algo na mesinha de centro, que na prática fica ao lado do sofá, chama minha atenção…
Paro alguns segundos olhando pra mesa e vejo uma leve fumaça branca dançando logo acima de onde se encontra um copo com água. Minha primeira reação é pensar em vapor d’água devido à temperatura no dia, que estava mais quente que a média da semana, mas logo em seguida eu ponho meia dúzia de neurônios para pensar sobre isso e percebo que VAPOR não iria fazer aquela quantidade de fumaça branca.
Uma pausa para descrever a cena
A mesa de centro em questão é feita de madeira maciça com design meio industrial/moderninho (Mais exatamente essa aqui. Não é #ad, pode clicar) e eu costumo deixar ao lado do sofá ao invés de na frente dele (no de fato “centro” da sala) por motivos de logistica, já que fico sentado em um canto do sofá e assim tenho acesso fácil a ela, onde deixo todo tipo de coisa. Um detalhe importante, isso faz ela ficar de frente para a janela, pegando o máximo de sol possível entrando no apto.
Sobre o copo, não é bem um copo, na verdade é uma taça DE PLÁSTICO que trouxe do ultimo carnaval (2020, o de 2021 todos sabemos que não existiu) da Praia do Rosa. Detalhes à parte (altas tretas), repito: É uma taça DE PLÁSTICO que apesar de não ser tão vagabunda assim (eu trouxe e mantive pra uso em casa até hoje, afinal) não é nenhum supra-sumo da industria de polímeros nacional. A existência de qualquer fator óptico capaz de executar o processo de queimar coisas em geral me pegou total e completamente de surpresa.
Mas voltemos ao ocorrido…
Alguns segundos com o olhar profundo e vazio enquanto meu cérebro tenta processar, com o pouco de informação disponível, o que estava se passando ali em frente aos meu olhos e eis que as sinapses começam a mostrar seu valor. O brilho emanado de um ponto especifico na mesa deixa de ser ruízo branco e passar num instante a ser tratado como o vilão pego em flagrante que de fato era.
Observem na primeira imagem que relativamente muito próximo do local tostado pela lente de água havia um guardanapo e uma máscara de pano prontos para serem queimados, o que não aconteceu por mera sorte. Questionamento sobre a lista de itens jogada na mesa e sua respectiva ordem serão sumariamente ignoradas, isso não vem ao caso, ok? 🙄
No fim das contas eu ganhei um chamuscadinho de leve na minha mesa de centro de madeira, nada demais e quase passa despercebido já que ela é madeira maciça e naturalmente já exibe algumas marcas escuras da própria madeira, mas é admirável o quão perto de um incêndio eu passei, mesmo que de pequenas proporções. Se eu tivesse saído de casa por qualquer motivo a madeira poderia finalmente queimar (o famoso “lamber”) e se o papel/pano estivessem numa posição um pouco mais próxima, uma simples ida ao banheiro ou passada na cozinha seria tempo o suficiente pra para a combustão se estabilizar.
Mas lições foram aprendidas. A mesa de centro não fica mais embaixo da janela diretamente no sol e copos d’água agora são obrigatóriamente esvaziados o mais breve possível (até eu começar a esquecer novamente). Por enquanto sigo dizendo “not today” pro carinha responsável por essas artimanhas. Para a infelicade de alguns 😏
*Sim, foi uma referência às Crônicas de Nárnia, obrigado por perceber.